Rio Grande do Sul: Tragédia climática atinge 75% da população.

PESQUISA ATLAS/CNN

Pesquisa Atlas/CNN aponta que pelo menos 3/4 da população Gaúcha sofre com os efeitos imediatos  causados pelas constantes chuvas no Estado.

Apenas 25,2% dos entrevistados na pesquisa responderam não terem sofrido qualquer dano com as enchentes.

Segundo pesquisa divulgada ontem, (quinta-feira 23/05/2024), Porto Alegre desponta como  a região mais atingida pela enchente, logo após está Lajeado e Pelotas.

Em Porto Alegre, 86,3% das pessoas abordadas disseram ter sido fortemente atingidas pelo alagamento, e 13,7% declararam que “não”. Em Lajeado, 80,9% dos entrevistados responderam “sim”, e 19,1% “não” foram diretamente atingidos. Contudo, já na cicdade de Pelotas, 72,8% dos pelotenses, quando prguntados sobre os efeitos da enchente, responderam que “sim”, foram diretamente atingido,  enquanto que 27,2% responderam que “não”. Na cidade de Caxias do Sul, 58,1% dos questionados sobre se foram diretamente atingidos pelos efeitos dessa trágédia climática, responderam “sim”, e 41,9% que “não”. Nas cidades de Uruguaiana e Ijuí, aproximadamente 1/4 das respectivas populações foram atingidas, onde 23,6% responderam que “sim”, e 76,4% disseram que “não”.

Situação Financeira

Quando a pesquisa refere-se a situação financeira da populção prejudicada nesse evento climático, salvo surgimento de novos dados, o levantamento demonstra que familias com renda de até R$ 3 mil, formam as mais afetadas pela enchente. Ficando da seguinte maneira:

• Das famílias com renda de até R$ 2 mil, 83,4% disseram ter sido atingidas, enquanto apenas 16,6% disseram “não”.
• Famílias com renda entre R$ 2 mil a R$ 3 mil, 85,6% responderam “sim”, e 14,4% “não”.
• Já nas famílias com renda variando de R$ 3 mil a R$ 5 mil, 73,4% responderam que “sim”, e 26,6% falaram que “não”.
• Entre as famílias com renda familiar de R$ 5 mil a R$ 10 mil, 59,7% declararam que “sim”, que foram atingidas, e 40,3% declararam que “não”.
• Renda acima de R$ 10 mil, 70,4% assumiram que “sim”, que foram prejudicados pelo fenômeno climático, enquanto 29,6% declararam que “não”.

(Essa pesquisa Atlas/CNN foi feita entre os dias 14 e 21 de maio. A pesquisa entrevistou 3,92 mil moradores do Rio Grande do Sul. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. )

COMENTÁRIO:

Evidentemente tal pesquisa não contempla a totalidade das cidades atingidas, e tampouco demonstra a fragilidade e o atual estado de vulnerabilidade das famílias prejudicadas. Pois cidades como Eldorado do Sul (totalmente destruida pela enchente), Canoas, São Leopoldo, e dezenas de outras cidades que sofrem os danos causados por essa tragédia vivem momentos de angústia e incerteza. Centenas e mais centenas de famílias convivem diariamente com o efeito desastroso dessa tragédia sem precedentes na história do Rio Grande do Sul, e também do Brasil.

O povo Gaúcho está sofrendo! 

Defesa Civil informa que a enchente impactou cerca de 467 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. Em termos numéricos por pessoa, estamos falando em quase 2 milhões.

Em suma, “ninguém mais aguenta” disse a senhora Maria,  moradora da cidade de  Canoas, uma das mais atingidas na região metropolitana. Lembrou ainda que a situação foi tão inesperada que ela sequer conseguiu retirar documentos e outros objetos pessoais de pequeno porte antes de abandonar sua residência.

Chuva constante piora a exéctativa da população flagelada. Pra piorar a tendência para próxima semana é de instabilidade com precipitação chegando a 100ml. O reflexo de tudo isto é uma catástrofe de proporções inacreditáveis. Até quando!?!

Ação e Reação:

Muitas ações estão sendo tomadas (ou não), por parte do governo estadual e federal. Linhas de crédito, adiantamentos de benefócios, limite em cartão, etc. No entanto o verdadeiro destaque fica por conta da participação imprescindível dos voluntários que prontamente se lançaram em ajuda dos afetados pela enchente.

A grande verdade é que somos um povo aguerrido e forte, e nos tornamos ainda mais unidos por essa tragédia inesperada. Contudo nossos heróis sofrem… tudo tem seu preço. Hoje vemos não somente os moradores das áreas atingidas, mas também muitos voluntários sofrendo os efeitos da exposição prolongada em águas infectadas por Leptospirose e tantas outras possíveis moléstias. Porém, ainda assim continuaremos lutando em favor da vida e do pleno restabelecimento das famílias atingidas em todo o estado do Rio Grande do Sul.